"Eu o ensinarei" – diz o Senhor - e mostrarei a você o caminho por onde deve andar. Eu mesmo lhe darei conselhos e o vigiarei.” (SALMOS 32:8)
Quão maravilhoso é saber que temos um Pai, um professor, um auxiliador, um abrigo, um herói e acima de tudo, um amigo. Tudo isso em uma pessoa só: Deus.
Nesse versículo, o próprio Deus diz que nos instruirá e ensinará o caminho correto. Mas como saber quando é Deus quem está falando conosco? A mesma Bíblia que diz que Deus nos ensinará, também diz que nosso coração é enganoso:
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." (Jeremias 17:9-10)
Então como sabemos que é Deus quem está nos instruindo e não os desejos do nosso coração, da nossa carne?
Deus, em sua infinita sabedoria, já tinha conhecimento disso e que muitas vezes Ele falaria conosco - mas nós não o ouviríamos - seguindo o nosso coração. No final do versículo, após Ele dizer que nos ensinará o caminho, Ele termina o versículo dizendo que nos vigiará. Isso porque Ele entende que somos falhos e podemos nos desviar do caminho reto. Por isso Ele mesmo nos vigia. Mas temos também o livre-arbítrio e, por isso, Deus só pode colocar suas mãos sobre nós se a gente permitir.
Vamos ver como isso funciona na prática:
Ao acordar você ora a Deus, apresenta uma situação e pede auxílio. Hoje você terá uma entrevista de emprego, está nervoso e não sabe o que fazer. Ao falar com Deus, Ele o leva até o livro de Isaías, capítulo 41:13:
"Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema; eu o ajudarei."
Você logo se acalma e crê que dará tudo certo, pois Deus disse que estará com você, te guiando em todas as coisas, ou seja, você deverá estar atento a voz dele, pois Ele disse que te ajudaria e estaria com você. Sabemos também, que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e nada que nos prejudique vem dele. Após Ele ter falado tudo isso, você vai para a entrevista. Chegando lá, tudo vai indo bem. A entrevista está sendo um sucesso. Afinal, como diz em Salmos, Ele disse que nos instruiria. Tudo está indo super bem, até que o entrevistador diz que você passou na entrevista, mas há um único problema; seu horário de trabalho vai interferir em suas atividades da igreja. Além de não poder mais ir nas reuniões do ministério, você perderá os cultos de quinta-feira. No mesmo instante você pergunta para Deus o que fazer.
Ele traz em sua memória o versículo que diz que a vontade Dele é boa, perfeita e agradável. Aí você pensa:
"Bom, estou precisando muito de dinheiro e sei que a vontade de Deus não é que eu fique desempregado. Então vou aceitar, pois estou certo de que esta é a vontade de Deus para mim."
Você começa a trabalhar. Sai do ministério e vai somente aos domingos à igreja. Passado um ano, você está desempregado, novamente, cheio de dívidas e frio espiritualmente. Aí você joga a culpa em Deus. Mas aí você se lembra que Ele falou com você, mas você não ouviu. Estava tão cheio de si mesmo e de querer fazer suas vontades, que ouviu a voz do seu coração, crente de que era Deus falando. Então você volta a refletir e tenta voltar para onde se perdeu:
"Bom, se a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, ter um emprego, para mim, é bom. Ter um emprego e servir o Reino de Deus, é perfeito, fazer as duas coisas de forma que alegre meu coração e não me deixe sobrecarregado, é agradável. Então Ele me daria um emprego que desse para conciliar minhas atividades na igreja sem que eu tivesse que renunciar a minha vida espiritual. Foi aqui que me perdi! Pensei que a vontade de Deus era somente que eu estivesse empregado, mas me esqueci que ele também diz para que eu busque, primeiro, o Reino de Deus e sua justiça, que Ele acrescentará as outras coisas em minha vida. O trabalho é uma necessidade, mas não é o Reino de Deus. Então o trabalho me será acrescentado, SE eu cuidar das coisas do Reino."